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sábado, 9 de janeiro de 2010

Libertos para servir: reflexões sobre o prazer no serviço a Deus

Capítulo III
  
Dos que deturpam
o evangelho da salvação
  


1. Da mesma maneira que lemos nas páginas do Novo Testamento sobre os apóstolos de Deus, lemos sobre os ‘falsos apóstolos’. Sempre haverá pessoas que se aproveitarão da boa fé dos outros, de sua ingenuidade, de sua inexperiência. Na Bíblia, aqueles que assim procedem dentro das fileiras do cristianismo são chamados “falsos apóstolos”.

2. As igrejas que estavam na região da Galácia eram vítimas de mestres judeus, de origem legalista, de uma religião chamada Judaísmo, como o tinha sido o próprio Paulo, antes de sua conversão a Cristo.

3. Ele mesmo afirma que, como oficial do Tribunal mais importante do Judaísmo, o Sinédrio, atuou como um inimigo de Deus: “...já ouvistes qual foi outrora o meu procedimento no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Cristo e a assolava...”. (1.13)

4. Aqueles que o conheciam daqueles tempos, e que ainda permaneciam no Judaísmo, podiam usar deste conhecimento para desviar a atenção dos novos crentes, arrogando para si a condição de “apóstolos”, rivais de Paulo e de seus ensinos.

5. Segundo Gálatas 1.7, estes falsos apóstolos causavam alvoroço, comoção e agitação na comunidade cristã que Paulo evangelizara. Perverter o evangelho de Cristo, como diz Paulo, pode ser entendido também como tirar o crente de sua fé e fazê-lo aderir à outra crença. E fazem isso com zelo, que significa ardor, fidelidade partidária, ainda que destituídos de bons motivos, como bem explica o apóstolo Paulo em Gálatas 1.17.

6. Duas perguntas me vêm à mente: Não parece ser esta a estratégia de todos os inimigos do povo de Deus? Ou ainda: Prega-se hoje um evangelho que seja “o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16) ou “outro” evangelho, caracterizado pela ausência de doenças, pela prosperidade econômica, pela reorganização social e política? Isso me faz recordar uma aula na Faculdade de Comunicação Social, onde a Dra. Simone Orlando comentava suas percepções do indivíduo, nos últimos 50 anos (pós-modernidade ou modernidade tardia – fiquem à vontade...). Segundo a professora, nossa época é marcada pelo esvaziamento do coletivo, por uma sensação de liberdade e pelo “culto ao eu”. Aqui está, penso, a essência da deturpação do evangelho por falsos pregadores.


7. Fica evidente, pelo tom agressivo do texto de Paulo nos versículo 8 e 9 do primeiro capítulo, que os deturpadores do evangelho salvador de Deus estão debaixo de grave advertência. Nos textos religiosos do mundo daquela época, a expressão usada por Paulo, “anátema”, significava a maldição dos deuses infernais!

8. A referência, irmãos, a anjos do céu ou a outros pregadores (1.8,9) como possíveis fontes de uma falsa mensagem ou de uma pregação cujo teor contraria o evangelho da salvação, é para demonstrar que a mensagem de Deus não pode ser mudada.

9. Infelizmente, vemos essas coisas acontecerem em nossos dias, quando pessoas afirmando ser porta-vozes de Deus, irresponsavelmente, agem no meio da igreja, trazendo dor e confusão, impedindo, por causa de seu comportamento, que outros creiam em Cristo.

10. Isso acontece por dois motivos: ou esses falsos apóstolos buscam ganhar a amizade dos homens (e serem favorecidos com isso!) ou estão a serviço de outros interesses que não os de Deus! (1.10).

11. Fato é que vivemos num “casulo diferente” daquele que começou a história da educação religiosa no Brasil (que já tem 100 anos) e acabamos nos tornando “borboletas diferentes”, por conta da ressignificação que damos à trama da cultura urbana híbrida e volátil que nos envolve. Não podemos nos deixar seduzir por este mundo (Rm 12.2).

12. Paulo nos informa, amados, que o verdadeiro porta-voz de Deus não pode conformar-se com os seus próprios desejos ou os de outrem, mas deve responder com total e incontinente serviço àquele que o convocou para a sua obra. Portanto, só os mensageiros que anunciam com integridade o evangelho da salvação, que liberta o homem do poder do pecado, podem assumir um serviço voluntário e desejoso de agradar a Deus. 

Um comentário:

  1. Recado: ao pastor Adir
    De: pastor Davi

    Fiz um convite a alguns ex-alunos de São João a me acompanharem comentando a Bíblia.

    A regra é simples:

    1. Escolha o livro
    2. Escreva comentários de cada capítulo em apenas 12 versículos.
    3. Envie para o endereço pastordfc@gmail.com para análise (em arquivo anexo no formato doc) e, assim que aprovado o primeiro texto, você passará a constituir a galeria de autores do blog.

    Em produção:
    Atos dos Apóstolos - a história de lutas da igreja de Cristo

    Abraços,

    Pastor Davi
    Queimados, RJ

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